Publicada em Magali nº 10 da Editora Globo, a
história traz um dono de pizzaria que está quase indo a falência e resolve chantagear Magali para que ela acabe com o estoque de pizza dos concorrentes.
O sr Guido aparece bem mais que a Magali, as únicas falhas foram não terem mostrado os pais dela depois de seu sumiço, provavelmente contactaram a polícia e o ex-pizzaiolo e atual pasteleiro não ter sofrido nada pelo seqüestro, uma das raras vezes na TM em que o mau-caráter termina bem, bem atípica, gostei da Mônica desbaratando o caso, o Carlito contando as moscas e Magali para dormir prefere ouvir receitas culinárias do que contos da carochinha. De 1989 tive todas as quatorze edições da comilona, porém não me recordava desta historinha, resgatei a memória no teu blog, obrigado!
Concordo com Xeclinghe, que por sinal parou de comentar nos Arquivos TM onde trocamos ideias por brevíssimo tempo, espero que você e o dono deste blogue estejam bem! Primeiro deixo claro que sou radicalmente contra a forma extremamente radical de politicamente correto adotada para atuar na TM clássica, não tem como evitá-lo nesta categoria de quadrinhos, mas poderiam ter aderido com moderação, não creio que os pais da criançada leitora façam tanta pressão assim, acredito mais em uma escolha absurda de autoimposição da MSP logicamente pautada em algum grau de pressão externa, ou seja, mais paranoia do que realidade, do que fato. Pois bem, esta HQ fez parte da minha infância, não obstante possui algumas incorreções incomuns para o senso comum da época, ainda assim continuo gostando dela da mesma forma que quando criança. Dentro do padrão que havia nas HQs da MSP no século passado são perfeitamente aceitáveis o sequestro com cárcere privado; ameaça de tortura - como podemos ver com o bichano, denotando com isto que Magali foi achacada; os assaltos, arrombamentos e furtos; falcatruas; concorrência extremamente desleal promovendo falências... Enfim, até aí tudo nos conformes, o que destoa deste sensacional padrão é o roteirista não ter tido o devido cuidado de dedicar um mísero quadrinho que fosse ilustrando a aflição, a angústia dos pais durante o sumiço da filha e a polícia investigando o caso, não dá para ficar a cargo dos leitores mais atentos imaginarem que teve polícia, pois diante dos atos cometidos o pizzaiolo-pasteleiro deveria ter tido êxito em cozinha de refeitório de algum xilindró, o mesmo valendo para seu funcionário comparsa que devido à tamanha ingenuidade cumpriria uma pena bem menor que a de seu maquiavélico patrão, pois está claro que o xará do pai da Magali não é dado à maldades, é marionete, de certa forma é vítima também, não obstante compactuou com crimes, é cúmplice e merece condenação em regime de reclusão penitenciária ainda que menor que a de Guido. Foram anistiados no final da história, o que indica que não teve investigação policial, e que pais são estes que diante de tal situação não contatam a polícia? Malfeitor que não se dava mal no final passava longe de ser regra, de ser padrão no lúdico universo de Mauricio de Sousa nos tempos do politicamente incorreto, esta HQ possui lacunas interessantes, sugere até certo amadorismo, coisa que a MSP nunca foi de 1970 até o final do século, anterior a tal período não posso afirmar se foi ou não, em alguma medida talvez tenha sido pois estava se profissionalizando, normal! O senso de justiça sempre imperou nas espetaculares histórias incorretas da Turma da Mônica, ou seja, "Programada para comer" apresenta características incomuns para a época. Bom, aqui está meu relatório a respeito desta trama, mesmo assim a considero divertidíssima!
O sr Guido aparece bem mais que a Magali, as únicas falhas foram não terem mostrado os pais dela depois de seu sumiço, provavelmente contactaram a polícia e o ex-pizzaiolo e atual pasteleiro não ter sofrido nada pelo seqüestro, uma das raras vezes na TM em que o mau-caráter termina bem, bem atípica, gostei da Mônica desbaratando o caso, o Carlito contando as moscas e Magali para dormir prefere ouvir receitas culinárias do que contos da carochinha. De 1989 tive todas as quatorze edições da comilona, porém não me recordava desta historinha, resgatei a memória no teu blog, obrigado!
ResponderExcluirConcordo com Xeclinghe, que por sinal parou de comentar nos Arquivos TM onde trocamos ideias por brevíssimo tempo, espero que você e o dono deste blogue estejam bem!
ExcluirPrimeiro deixo claro que sou radicalmente contra a forma extremamente radical de politicamente correto adotada para atuar na TM clássica, não tem como evitá-lo nesta categoria de quadrinhos, mas poderiam ter aderido com moderação, não creio que os pais da criançada leitora façam tanta pressão assim, acredito mais em uma escolha absurda de autoimposição da MSP logicamente pautada em algum grau de pressão externa, ou seja, mais paranoia do que realidade, do que fato.
Pois bem, esta HQ fez parte da minha infância, não obstante possui algumas incorreções incomuns para o senso comum da época, ainda assim continuo gostando dela da mesma forma que quando criança.
Dentro do padrão que havia nas HQs da MSP no século passado são perfeitamente aceitáveis o sequestro com cárcere privado; ameaça de tortura - como podemos ver com o bichano, denotando com isto que Magali foi achacada; os assaltos, arrombamentos e furtos; falcatruas; concorrência extremamente desleal promovendo falências... Enfim, até aí tudo nos conformes, o que destoa deste sensacional padrão é o roteirista não ter tido o devido cuidado de dedicar um mísero quadrinho que fosse ilustrando a aflição, a angústia dos pais durante o sumiço da filha e a polícia investigando o caso, não dá para ficar a cargo dos leitores mais atentos imaginarem que teve polícia, pois diante dos atos cometidos o pizzaiolo-pasteleiro deveria ter tido êxito em cozinha de refeitório de algum xilindró, o mesmo valendo para seu funcionário comparsa que devido à tamanha ingenuidade cumpriria uma pena bem menor que a de seu maquiavélico patrão, pois está claro que o xará do pai da Magali não é dado à maldades, é marionete, de certa forma é vítima também, não obstante compactuou com crimes, é cúmplice e merece condenação em regime de reclusão penitenciária ainda que menor que a de Guido. Foram anistiados no final da história, o que indica que não teve investigação policial, e que pais são estes que diante de tal situação não contatam a polícia? Malfeitor que não se dava mal no final passava longe de ser regra, de ser padrão no lúdico universo de Mauricio de Sousa nos tempos do politicamente incorreto, esta HQ possui lacunas interessantes, sugere até certo amadorismo, coisa que a MSP nunca foi de 1970 até o final do século, anterior a tal período não posso afirmar se foi ou não, em alguma medida talvez tenha sido pois estava se profissionalizando, normal!
O senso de justiça sempre imperou nas espetaculares histórias incorretas da Turma da Mônica, ou seja, "Programada para comer" apresenta características incomuns para a época. Bom, aqui está meu relatório a respeito desta trama, mesmo assim a considero divertidíssima!